quinta-feira, 2 de junho de 2011

6° Fichamento de Genética.

O impacto da Genética na asma infantil.
 
PINTO,Leonardo,A.; STEIN,Renato,T.;KABESCH,Michael


Diversos estudos de famílias evidenciam um forte padrão de agregação familiar no caso da asma, mas a genética da doença é especialmente complicada por sua natureza poligênica e pela interação entre fatores genéticos e ambientais.A asma é hereditária, mas a hereditariedade da doença não segue os padrões mendelianos clássicos.  A determinação genética das respostas alérgicas a estímulos ambientais e o papel da farmacogenética no manejo da asma são consideradas questões de pesquisa de suma importância. O mapeamento de traços complexos, como a asma, é uma das áreas de pesquisa mais importantes na genética humana.
 Um estudo australiano investigou 3.808 pares de gêmeos e as correlações para a asma foram maiores para os gêmeos MZ do que para os gêmeos DZ (0,48 para MZ, 0,09 para DZ, masculinos; e 0,33 para MZ, 0,12 para DZ, femininos), o que implica que uma parcela significativa da variância é de responsabilidade genética na patogênese da asma (h2 = 0,60).
Outros estudo norueguês, todos os gêmeos nascidos entre 1967 e 1974 (5.864 crianças) foram identificados através do Registro Nacional de Nascimentos norueguês. A prevalência de asma auto–informada foi de cerca de 5%, e não houve qualquer diferença significativa entre os sexos. A concordância para a asma foi de 0,45 para gêmeos MZ e 0,12 para gêmeos DZ. Este estudo mostrou que os efeitos genéticos explicam 75% da variação para ambos os sexos, enquanto os 25% restantes são de responsabilidade de influências ambientais.
Todos esses estudos de gêmeos demonstram a importância da genética sobre a variância da asma, com resultados de heritabilidade que variam entre 48% e 79%. Um achado importante é que a maioria dos estudos de gêmeos em diferentes partes do mundo (especialmente no Norte da Europa) demonstram resultados semelhantes e consistentes, e destacam o fato da asma (especialmente em sua variedade infantil) ter um forte fundo genético.
Vale ressaltar, que a asma também é decorrente de fatores ambientais. 
Uma abordagem muito utilizada na identificação de genes de susceptibilidade à asma é o estudo de polimorfismos em genes candidatos. Os estudos de associação genética testam se uma variante genética específica é mais comum entre asmáticos ou não–asmáticos.Os estudos baseiam-se no compartilhamento de semelhanças étnicas ou geográficas com os indivíduos afetados.
 Os caminhos imunológicos associados com a resposta asmática envolvem uma grande variedade de mediadores inflamatórios, como as citocinas e as quimiocinas. No entanto, os melhores resultados replicados em estudos de associação genética envolvem as seguintes cinco regiões do genoma humano: 5q31–32, 6p21, 11q12–13, 16p11–12, e 20p13.
Em  em 2006, um grupo de especialistas demonstrou que especialmente as análises combinadas de alterações genéticas nas vias de IL–4/IL–13 revelam sua importância para o desenvolvimento da atopia e da asma infantil. Outros genes portados no lócus, como CD14 e IRF1, também podem contribuir para a asma e alergias.
Observa-se muitas pesquisas por parte dos cientistas,médicos especialistas para descobrir mais sobre a asma e desvendar suas características genética,com base nessas curiosidades foi realizada uma triagem em busca de mutações no gene CC16. Um polimorfismo (A38G, rs3741240) foi identificado e associado ao risco maior de asma diagnosticada por médicos em uma população de crianças australianas. Em um estudo com adultos, o alelo CC16.A foi associado a um risco moderado de asma.Demonstraram que a seqüência 38A está associada a níveis reduzidos de CC16 no plasma, e que indivíduos com níveis menores de CC16 no plasma possuem maior probabilidade de sofrer de asma, mas são necessários estudos com amostras populacionais maiores para confirmar esta associação.
Recentemente, o primeiro estudo GWA sobre a asma caracterizou mais de 317.000 SNP no DNA de 994 pacientes com asma de início infantil e 1.243 não–asmáticos usando painéis familiares e de caso–referência. Os autores demonstraram que múltiplos marcadores no cromossomo 17q21 estão associados à asma infantil de maneira forte e consistente. 
 Logo,conclui-se que diversos loci diferentes parecem influenciar a susceptibilidade à asma.Observa-se também  que apesar de estudos desenvolvidos nessa área ainda precisa-se de muito mais.Existe várias saídas para ajudar a pacientes que apresentam essa doença,uma seria a melhoria no diagnóstico e na farmacogenética podem ser as primeiras implicações clínicas destes estudos extensivos sobre a genética da asma.Este é apenas um exemplo de como a genética pode influenciar na prática clínica no futuro próximo.



Odontologia 106.1- Renata Natália Gomes Arruda.

Nenhum comentário:

Postar um comentário